A Agenda Urbana da Fronteira da Paz procura afirmar-se como um plano estratégico que projeta e reinterpreta as cidades de Santana do Livramento e de Rivera, e o contínuo urbano que formam em conjunto, nos planos econômico, social, ambiental e cultural.
Uma Agenda Urbana é uma ferramenta de planificação para o crescimento da cidade em todas as suas dimensões: urbanística, social, econômica, ambiental, etc., perspectiva para um horizonte temporal de médio prazo e traduzindo uma visão estratégica da cidade. Tem a ambição de contribuir para melhorar a governação no conjunto do contínuo urbana de Santana do Livramento e de Rivera e de promover uma cidadania ativa, através de uma metodologia participativa e aberta a todo o contínuo urbano.
A Agenda Urbana da Fronteira da Paz ambiciona ser um encontro entre os poderes democráticos e a sociedade democrática, ou seja, a cidadania. Deve haver um diálogo participativo e corresponsável para que os cidadãos não sejam meros sujeitos passivos no desenvolvimento da cidade.
Promove um diálogo participativo e corresponsável para que os cidadãos não sejam meros sujeitos passivos no desenvolvimento da cidade. Neste processo, o conceito de corresponsabilidade do cidadão adquire especial relevância, A proposta é que os cidadãos sejam corresponsáveis pela gestão da sua cidade. Foi obtida a contribuição dos cidadãos, dos atores socioeconômicos, das instituições e dos políticos sobre o contexto, as disparidades territoriais, os desafios que a cidade enfrenta, sobre a visão estratégica para a cidade num horizonte de médio prazo e as medidas que, nesta perspectiva, consideram relevantes.
A Agenda Urbana da Fronteira da Paz foi preparada no âmbito do projeto Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável da Fronteira da Paz que procura dar uma contribuição para "tornar as cidades e outros pequenos aglomerados inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis" (ODS 11 da ONU).
Baseia-se na definição de uma estratégia de atuação, precedida de um diagnóstico da situação de partida, é baseada numa metodologia participativa e aberta a todo o contínuo urbano. Essa parceria ativa com os cidadãos justifica que lhes seja solicitada a sua contribuição de opiniões sobre a visão que têm da cidade.
Santana do Livramento forma com a cidade de Rivera um continuo urbano funcionalmente integrado chamado Fronteira da Paz, que historicamente opera informalmente como uma única cidade de 185.000 habitantes, assumindo-se como um dos polos de desenvolvimento do território em que se insere. Um contínuo urbano com esta relevância não pode ser governado ao sabor da conjuntura de cada momento, por isso se promove um exercício de cidadania destinado a identificar um projeto de desenvolvimento no horizonte de uma década, horizonte temporal que não se limita nem se ajusta aos ciclos políticos da administração local.